Na madrugada do dia 20 de Janeiro de 2018; o Detran realizou mais uma Operação Lei Seca no centro de Vilhena, como vem fazendo costumeiramente na cidade. Durante a ação, o servidor do órgão, Felipe Braga, acabou detido, acusado de adulterar o teste do bafômetro, usado para examinar condutores suspeitos de dirigir sob o efeito de álcool. O ato seria para beneficiar um Policial Rodoviário Federal, abordado na blitz.
A redação do FOLHA DO SUL ON LINE entrou em contato com o servidor acusado para solicitar maiores esclarecimentos quanto à situação protagonizada por ele. “Eu nem conheço o policial, muito menos sou amigo dele”, disse.
De acordo com Felipe, um condutor chegou até a mesa onde são realizados os testes do bafômetro, bem como o controle de estatística da operação, e pediu para falar com ele: "Ele me disse que havia ingerido 2 cervejas long neck no início da noite, até porque estava sozinho e sabia que as OLS estavam sendo realizadas todos os finais de semana; eu perguntei se ele estava realmente dizendo toda a verdade.
Ele disse que sim. Então, o informei que ele não era obrigado a fazer o teste, porém, sofreria as conseqüências caso se recusasse. Ele perguntou se poderia pensar por alguns minutos; como é de costume da equipe, quando a pessoa não tem nenhum sinal de embriaguez, que era o caso do rapaz, eu consenti que ele aguardasse por 5 minutos, mas não se ausentasse do local. Ele perguntou se poderia comprar uma água, eu disse que nós tínhamos água e dei pra ele uma garrafinha. Passados os 5 minutos, conversei novamente com ele, a vista de todos e ao lado da mesa onde estava sendo realizado o teste. Nesse momento, ele realizou o teste sem maiores complicações, e o resultado foi 0.0; ou seja, pelo fato dele ter ingerido uma baixa quantidade de cerveja e no início da noite, o álcool já havia se dissipado do seu organismo."
Sobre a condição profissional do condutor, Felipe afirma: "Em momento algum ele se apresentou pra mim como PRF. Nos últimos 2 anos, temos feito operações sem distinção de profissão ou classe social. Logo, se ele não realizasse o teste, o que era um direito dele, seria penalizado conforme a lei manda, independente de ser PRF ou qualquer outra profissão”.
Felipe Braga foi conduzido a UNISP pelo comandante da PM, 2º Tenente Andrade, prestou alguns esclarecimentos e foi liberado logo em seguida. Em momento algum, ele permanecendo preso.
Autor / Fonte: Folha do Sul
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