Bradesco também já coloca em prática regras da nova lei trabalhista que atentam contra os funcionários

Bradesco também já coloca em prática regras da nova lei trabalhista que atentam contra os funcionários

A exemplo do que está fazendo o Santander em todo o país, o Bradesco também já iniciou sua jornada de redução dos direitos de seus funcionários, colocando em prática as regras da nova lei trabalhista tão defendida pelo governo Temer e aprovada por seus aliados corruptos.

É o que ficou evidente nas mensagens que estão sendo destacadas na intranet do banco, que dão destaque aos principais pontos da nova lei e que serão praticadas pelo Bradesco a fim de diminuir custos e até mesmo o quadro pessoal.

Nas telas do computador o banco explica pontos como fracionamento de férias (que poderão ser pagas em duas vezes), banco de horas (e o seus respectivos prazos para compensação), contrato intermitente, teletrabalho, hora de intervalo (que vai cair de uma para meia hora a cada seis horas trabalhadas), deslocamento do trabalhador de casa para o trabalho (que agora não é considerado parte da jornada de trabalho) e, principalmente, as novas regras que intimidam os trabalhadores a ingressarem com ações judiciais contra o banco, já que, pela nova lei, o trabalhador além de não ter direito à justiça gratuita, também poderá ser penalizado com o pagamento dos honorários de sucumbência caso perca a ação contra o patrão.

"Essa é uma prova da intenção do Bradesco em ampliar a intimidação contra seus funcionários, utilizando-se das regras dessa lei nefasta que atende somente aos interesses patronais. E assim como é dito pelo Santander, o Bradesco também faz parecer que todas essas medidas que serão colocadas em prática são negociadas de forma democrática e igualitária com o trabalhador, o que é uma grande mentira, já que o empregador é a parte mais forte da relação de trabalho, por isso pode impor seus termos ao empregado, que será obrigado a aceitar essa imposição se não quiser ter prejuízos na carreira ou perder o emprego. Nada disso está - ou será - negociado com a participação dos sindicatos, legítimos representantes dos trabalhadores e que possuem força para combater os abusos patronais. Ou seja, tudo aquilo que temíamos e combatemos há muito tempo está acontecendo, que é a reforma trabalhista deste governo ilegítimo destruindo carreiras, sonhos e a vida da classe trabalhadora", menciona Euryale Brasil, secretário geral do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO).

Autor / Fonte: SEEB-RO

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