Colunista diz que Hildon buscou equilíbrio econômico ao extinguir quinquênio

Colunista diz que Hildon buscou equilíbrio econômico ao extinguir quinquênio

Em Linhas Gerais

Gessi Taborda – [email protected]

FILOSOFANDO

“A arte existe por que a vida não basta.” FERREIRA GULLAR (1930/1916), poeta, crítico de arte, memorialista, tradutor e ensaísta brasileiro, nascido no Maranhão.

COLAPSO

É claro que a crise econômica atrapalha até mesmo cidades com alto potencial de turismo, como é o caso de Guajará Mirim. Mas a eterna “Pérola do Guaporé” vive um longo período de colapso econômico também pelas péssimas gestões dos últimos tempos. Como vai ter uma nova eleição para prefeito no próximo mês, a população de Guajará ganha uma nova chance de conseguir um prefeito de qualidade, capaz de restabelecer o antigo charme da cidade que atraia um fluxo turístico considerável e economicamente importante.

FORA DA PAUTA

Vítima de prefeitos mequetrefes, a cidade que poderia ser uma excelente opção de turismo nesse carnaval nem deverá sair de sua modorra. A falta de uma política de fomento ao turismo vai se refletir na baixa ocupação de seus hotéis em plena temporada de carnaval. O cenário de colapso econômico de Guajará é tão visível que a realização de novas eleições para escolher o prefeito não chega a ser pauta da imprensa do estado.

PROMESSAS

O prefeito Hildon Chaves está esforçando-se ao máximo para cumprir todas as promessas de campanha, como acabar com privilégios custeados pelo erário municipal.

A herança recebida dos antecessores no comando do município é muito pesada. Acabar com privilégios, tornar a gestão mais eficiente e adotar medidas capazes de livrar a prefeitura da falência gera reação acirrada de núcleos corporativos dispostos a manter, a qualquer custo as vantagens e sinecuras recebidas até agora.

Foi o que aconteceu com a decisão de Hildon Chaves acabar com a concessão de quinquênios para novas contratações de servidores sem, como ficou claro, mexer no tal “direito adquirido” dos servidores antigos. O caixa da prefeitura, explicou o prefeito, não conseguiria suportar a continuidade dessa gratificação. Ao defender o erário, o prefeito chegou a ser acusado por um sindicato reconhecido como braço político do PT de “Golpista”.

MARAJÁS

A decisão do prefeito em extinguir a concessão de quinquênios para os servidores da prefeitura de Porto Velho é apenas um ponto na busca do equilíbrio financeiro do município. Há outro entrave grande a ser enfrentado por Hildon Chaves, de acordo com matéria veiculada ontem no site “O Combatente” por seu editor, Tadeu Itajubá, nominando alguns servidores da prefeitura como autênticos marajás de Porto Velho.

No site, Tadeu Itajubá relaciona marajás da prefeitura, felizardos donos de salários inimagináveis para os barnabés e até mesmo a grande maioria dos detentores de cargos do primeiro escalão.

QUEDA DE BRAÇO

Difícil saber se o prefeito está preparado para enfrentar a queda de braço com os “marajás” da prefeitura de Porto Velho. De acordo com a matéria do editor Tadeu Itajubá, veiculada no “O Combatente”, o servidor mais bem pago pelos contribuintes da prefeitura da capital rondoniense é Carlos Alberto de Souza Mesquita, recebendo uma bolada muito maior do que a do próprio prefeito. No último contracheque seu salário bruto ultrapassou os 77 mil reais. Logo depois dele vem o servidor Eudes Fonseca da Silva, com a belíssima soma de 56.324,64 reais. Segundo se informa há dezenas de marajás custeados pela prefeitura. Ganham mais que o presidente da República.

SEM FERRAMENTAS

Há uma enorme discrepância salarial revelada com a identificação dos “marajás” listados em “O Combatente”. Até o momento o prefeito não disse como pretende agir em relação a essas discrepâncias. Uma fonte bem informada sobre “as normas” que permitem a existência desses enormes salários adiantaram para a coluna “o prefeito não terá ferramenta jurídica para reverter esse quadro”.

VEREADORA

Os grandes salários também faziam (e ainda fazem) a alegria de políticos com mandatos. Esse é o caso da vereadora Elis Regina. Além de seu vencimento de vereadora, na folha de pagamento consta um salário bruto de mais de 12 mil reais. A vereadora entrou na prefeitura em 1985, sendo estatutária, como técnica de nível médio. Em 1988 foi enquadrada como técnica de contabilidade. Consta que hoje ela está lotada na Comissão de Política Administrativa da Semad. Não se sabe se ela compatibiliza sua função de servidora municipal com o exercício do cargo de vereadora.

EXCESSO

O prefeito Hildon Chaves está desagradando, e muito, os representantes do velho estilo de governar e fazer política em Porto Velho. Ele não esconde da população o caos criado pelos antecessores no comando da cidade, especialmente permitindo uma espécie de orgia nos gastos públicos com pessoal. E assim, com essa sinceridade o prefeito ganha cada vez mais respeito e admiração dos cidadãos-contribuintes-eleitores, enquanto enfrenta ataques e acusações infundadas de corporações de funcionários e políticos ligados ao descalabro recente.

INCHAÇO

Foram as gestões anteriores que promoveram o crescimento exagerado da folha de pagamentos da prefeitura. Enquanto a média de funcionários das cidades com população idêntica a Porto Velho está em torno de 8 mil servidores, a prefeitura de Porto Velho é obrigada a suportar cerca de 13 mil servidores. Esse fato, por si só, comprova como os últimos prefeitos da cidade agiram de forma irresponsável no trato dos recursos públicos.

RECESSÃO?

Tem muita gente comemorando a queda da inflação, chegando a um nível que só foi verificado em 1999. Como isso foi conseguido?  Na visão positiva, é um indicador de que o governo está conseguindo estabilizar a economia. Na negativa, os preços desabam por força da recessão que a política econômica agravou.

INVEJA

Escolhida para gerir uma pasta com a qual nunca teve afinidade conhecida, a jornalista Ivonete Gomes, da Semes, dá mais uma tacada para aumentar sua crescente popularidade na área dos esportes. Ivonete é no momento a mais popular integrante do secretariado do prefeito Hildon Chaves. Desenvolvendo programas e atividades de baixo custo, Ivonete ganha uma exposição que já causa inveja entre o “staff” do prefeito, especialmente em relação àqueles que imaginam ampliar espaços políticos.

É que por ampliar positivamente seu nome junto ao “povão”, o nome de Ivonete começa a ganhar contornos para participar já em 2018 da disputa eleitoral como provável candidata a deputada estadual ou federal. Agora mesmo a jornalista está lançando um programa de atividades físicas para toda a população, a ser desenvolvido em três polos da capital.

Autor / Fonte: Gessi Taborda

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