Porto Velho, RO – “A situação é dramática. Chega a ser desumano o que está acontecendo com a Delegacia de Atendimento à Mulher”, declarou o promotor Héverton Aguiar à reportagem da SICtv. O ex-procurador-geral de Justiça informou que em 2013 o Ministério Público (MP/RO) ajuizou ação civil pública visando “a melhora do atendimento”.
A ineficienciência estava atrelada à falta de materiais e de recursos humanos, situação que já era muito ruim em 2013.
“Pedimos ao Estado o que é obrigação dele, o que é dever dele fazer”, prosseguiu Aguiar. “Não estávamos pedindo nada de extraordinário, apenas ‘Estado, cumpra o seu papel. Estado, dê condições para as pessoas trabalharem”, disse.
Confira abaixo a íntegra da reportagem
Desde 2013, várias tentativas de acordo restaram frustradas. Não houve êxito em nenhuma das tratativas. De lá pra cá, segundo o órgão, a situação da Delegacia da Mulher só piora.
“A situação hoje é pior que a de 2013, quando nós entramos com a ação. Isso quer dizer que se nós conseguíssemos fazer com que a situação da Delegacia voltasse a ser o que era em 2013, já teríamos avançado. Hoje é calamitoso, desumano”.
Além de não enviar mais policiais para lá, o Estado transfere os que já estavam para outros lugares, de acordo com o promotor.
“Naquele prédio chove nos gabinetes, no cartório, nos depósitos. O prédio está caindo! Está abandonado. Isso é desumanidade. É não ter sensibilidade com um drama social", relatou.
No Brasil, uma mulher é agredida a cada sete segundos. Em Rondônia, 4º Estado no ranking da Violência contra a Mulher, ter uma Delegacia nestas condições é “terrível, uma desgraça”, ainda de acordo com Aguiar.
Para ele, o Estado se recusa a cumprir o seu papel. “Aquela Delegacia cobre toda a Grande Porto Velho, o Baixo Madeira, Itapuã, Candeias do Jamari e até Canutama, no Amazonas”.
Autor / Fonte: Rondoniadinamica
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