Em Cuba, países da Alba apoiam Maduro e criticam OEA

Em Cuba, países da Alba apoiam Maduro e criticam OEA

© Handout / Reuters

A Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba) decidiu apresentar seu apoio à Venezuela e ao governo do presidente Nicolás Maduro em relação ao modo como o país e seu mandatário estão lidando com a atitude "de interferência, ilegal e pró-imperialista" da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Em reunião extraordinária em Havana, que começou na última segunda-feira (10), mas que teve fim nesta terça (11), o grupo criticou o posicionamento do presidente da OEA, Luís Almagro, que pede a soltura dos presos políticos de oposição na Venezuela, novas eleições e que ameaça a suspensão da nação do bloco caso essas medidas não forem adotadas.

"Criticamos as agressões e manipulações contra a Venezuela assim como os enganos e mentiras que ameaçam sua soberania, independência e estabilidade", afirma nota oficial divulgada no final do encontro, que reuniu os líderes dos Estados-membros, como Maduro e o presidente de Cuba, Raúl Castro.

Nas declarações finais, os países da Alba também disseram reconhecer os esforços realizados pelo mandatário venezuelano para "impulsionar um diálogo nacional e resolver diferenças" e pela população da nação sul-americana "de conduzir um diálogo amplo, inclusivo e construtivo". "Repudiamos as tentativas de atacar a Venezuela sob falsas acusações de supostas ameaças à paz e à estabilidade e sob critérios politizados e tendenciosos, os discursos e práticas de interferência que no passado levaram à agressões, a ocupações militares e a cruéis ditaduras", disse o ministro de Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, ao ler a declaração.

Com o apoio da Alba, Maduro realizou seu discurso de quase 2 horas de duração, no qual afirmou que a OEA está marcada pela "dor, pela morte, e pelo sangue de invasões e golpes de Estado".

"Em 69 anos, a história da OEA é a história do maior mormaço de subordinação das oligarquias locais de nossos países aos interesses imperiais", disse o presidente venezuelano em Cuba. (ANSA)

Autor / Fonte: ANSA

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