Helicóptero comprado para o Corpo de Bombeiros está parado há mais de um ano

NA GREVE QUE NÃO SERVIU PARA NADA, SÓ RESTOU A VIOLÊNCIA!

Foi um protesto bem menor do se esperava, no país.  Em Porto Velho foi pífio, assim como em todas as cidades rondonienses. Beirou o fracasso, como torciam os contrários ao PT e à República Sindicalista e ficou longe de  mexer com as estruturas do Brasil. Só restaram,  no final, os atos de vandalismo e violência. A esquerda se mobilizou, com suas palavras de ordem e bandeiras vermelhas, mas não balançou nada, porque  nas manifestações faltou o essencial: o povão.  Muitos líderes, pouca massa. Muitas palavras de ordem, muito “cumpanheiro” e pouco discurso pró Pátria. A guerra pela manutenção das coisas como elas estão, não importa o quanto isso represente de caos para o país, resume bem o pânico das entidades sindicais. Caso sejam confirmadas as mudanças na lei trabalhista, a implosão de muitos sindicatos, como um braço político-partidário do PT e de outros partidos à esquerda, começará em breve. Sem o dinheiro tirado à força do  bolso do trabalhador, para manter quase15 mil entidades classistas, a grande maioria desse esquema malandro, vai para saco. O trabalhador só vai pagar imposto sindical à entidade a quem escolher para se associar. Nada de continuar pagando mordomias e atividades partidárias dos dirigentes. Enfim, o povão também não parou e nem foi às ruas, porque sabia que o movimento tem ligação direta com o PT e deveria ser – não foi – uma demonstração de força do ex Presidente Lula, que está cada vez enrolado com a Justiça. Restou à minoria, a baderna, a queima de ônibus e os atos semelhantes ao terrorismo. Nada mais que isso.

Não havia um foco patriótico na chamada Greve Geral. Os propósitos de defesa dos pobres foram subjugados pelo partidarismo e pelos interesses difusos. E isso ficou claro, para a grande maioria dos brasileiros. Derrotados , depois de estarem no poder e criado a maior estrutura de corrupção da História da República, levando o país quase à bancarrota, os partidos de esquerda nada fizeram a não ser discursos, palavras de ordem e, no final, deixaram atrás de si uma terra arrasada e um país com mais de 14 milhões  e 200 mil  desempregados, tema que nunca fez parte dos protestos sindicais. Querem voltar ao poder no grito e apenas por seus interesses e ideologias. Tentaram, mas estão longe de envolver a massa da população em seus projetos. Vão mentir e comemorar vitória, mas quem viu com isenção o que aconteceu nessa sexta, sabe qual a verdade. Eles perderam feio!

OS DOIS LADOS DA MOEDA

Religiosos, principalmente da Igreja Católica, participaram dos protestos ontem, quando ocorreu a Greve Geral no país. Também em Porto Velho. Vários grupos estiveram no evento da Praça das Caixas D´Água. A participação de tendências religiosas em eventos políticos não pode ser contestada, porque é um direito. Mas é sempre bom lembrar sobre o silêncio generalizado do comando católico do Brasil, a respeito da roubalheira que assolou nosso país, principalmente nos últimos 12 anos. As relações de boa parte da Igreja, mais à esquerda, com o PT e outros partidos que usam a bandeira vermelha ao invés da verde e amarela, também tem que ser respeitada, num regime democrático. Mas é sempre bom lembrar que nem todos os católicos concordam com isso e, principalmente, há milhões deles esperando  um protesto formal da sua Igreja, contra a corrupção, o Mensalão e a favor da Lava Jato, por exemplo.  Até agora, em relação a tudo isso, a não ser em ações isoladas de alguns católicos, nada foi dito e nem comentado, como se não tivesse acontecido.

SÓ 14 DIAS

Os números são apavorantes. O desemprego no país subiu para 13,7 por cento entre janeiro e março deste ano, batendo um novo recorde histórico: 14 milhões e 200 mil  brasileiros estão sem trabalho, sobrevivendo do jeito que dá. O mercado de trabalho está cada vez mais restrito e o desemprego atinge gente de todas as idades, mas principalmente jovens e os que estão querendo, desesperadamente, entrar no mercado de trabalho. A economia está cada vez pior e, nesse clima terrível, o empresariado não quer investir mais e muito menos contratar. Além de ser engolido pela brutalidade das leis tributárias, ainda tem que enfrentar feriadões em profusão e greves. Exemplo: nesse mês de abril, haverá apenas 14 dias úteis de trabalho, contras 16 de feriadões e paralização.  Ou seja, 16 dias inúteis. Só que no final do mês, o empresariado terá que pagar todos os impostos, todos os salários, todas as despesas, como se  tudo tivesse sido normal. Num clima desses, qual o louco que ainda vai querer empreender e empregar?

JÁ É UM COMEÇO!

O governo do Estado, via DER, começa a atuar com força na Capital, através do Projeto Minha Rua, que começa no bairro Uirapuru, na região do Aeroclube, na zona sul da cidade. Todas as ruas do bairro, num total de 15 quilômetros, serão asfaltadas. A iniciativa é tão importante que reuniu, num evento, o governador Confúcio Moura; o presidente da Assembleia, deputado Maurão de Carvalho: o diretor geral do DER, Ezequiel Neiva. Vários deputados e secretários. Discursos otimistas foram ouvidos, inclusive do presidente da Associação dos Moradores,  Samuel Ferreira, que comemorou o fim da lama, da poeira e dos buracos, que assolam o bairro. O programa Minha Rua pretende resolver de vez os problemas de dezenas de bairros da Capital, numa parceria com a administração municipal. Tomara que isso ocorra mesmo, porque quem mora na periferia de Porto Velho está comendo o pão que o diabo amassou, em termos de qualidade de vida. Ter asfalto na sua rua já é um começo...

SEM PLANO DE VOO

O site G1 denuncia que um helicóptero comprado para o Corpo de Bombeiros há mais de um ano, está parado no hangar do Governo, no aeroporto de Porto Velho, porque não tem condições de voar. A aeronave foi comprada com problemas técnicos, faltando peças que, no total, representam um custo de mais de meio milhão de reais. O único voo do helicóptero foi entre Cuiabá, de onde ele foi comprado, até Porto Velho. Não levantou mais do solo. Para piorar ainda mais a situação, o helicóptero, que deveria estar voando para fazer resgates e salvar vidas, continuará onde está por longo tempo. O dinheiro para a compra das peças, o mais difícil, já está disponível. Mas o emaranhado burocrático é tão longo, que o comando dos Bombeiros não tem a mínima ideia de quando ele será liberado. É o Brasil, não é? Se fosse peças para um jatinho ou algum avião para transportar autoridades, tudo já estaria resolvido há muito tempo....

ÚNICA SAÍDA

Destruídos também pela corrupção, pela má gestão, pelo empreguismo da “cumpanheirada”, os Correios do Brasil estão indo, céleres, para o profundo abismo, sem volta. Há menos de 20 anos, era uma das duas instituições mais respeitadas do país. Hoje, é uma vergonha. Em Rondônia, por exemplo, o serviço é lamentável. Enviar uma correspondência por Sedex, por exemplo, é pagar pelo Sedex, mas esperar até 20 dias para sua mercadoria ou correspondência chegue, porque ela é enviada ou vem apenas por via rodoviária e não mais de avião. É só um exemplo. A estrutura está corroída, o comando perdido, o futuro incerto. Os salários dos carteiros são ridículos e os prejuízos, apenas nos últimos dois anos, superaram os 4 bilhões de reais. Não há mais saída para a situação tenebrosa dos Correios, a não ser tentar salvá-lo pela privatização.  Mas isso, é claro, não é aceito por quem quer continuar mamando nas mesmas tetas, ainda que elas sequem...

PERGUNTINHA

Você, que não é sindicalista, nem funcionário público, nem ligado a partidos políticos ou ao governo federal, como se sentiu dando duro durante toda a sexta-feira, enquanto tanta gente começava o longo feriadão?

Autor / Fonte: Sérgio Pires

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