No último dia para aprovar MP, Jungmann diz que sente frio na barriga

No último dia para aprovar MP, Jungmann diz que sente frio na barriga

No último dia de vigência da Medida Provisória (MP) 840/18, que cria 164 cargos comissionados destinados ao Ministério da Segurança Pública, o titular da pasta, Raul Jungmann, não escondeu a apreensão ante o risco de o texto perder a validade sem passar por votação nas duas Casas do Congresso.

Ontem (16), a matéria foi aprovada na Câmara dos Deputados e ainda hoje, no fim do prazo, deve ser submetida ao plenário do Senado, na sessão convocada para esta tarde. “Eu não estou só com frio na barriga; é como se eu estivesse dentro de [im] freezer. Você pode imaginar como eu estou porque esse ministério vai na direção do que quer o povo brasileiro: maior tranquilidade, maior segurança”, afirmou o ministro.

Segundo Jungmann, a MP 840 é que permitirá a continuidade do Ministério da Segurança Pública. “Toda a estrutura do ministério está nessa MP; apelo para que [os senadores] aprovem essa MP para que tenhamos o Sistema Único [de Segurança Pública] e possamos dar sequência aos programas que estamos trabalhando”, pediu.

Jungmann, que esteve nesta quarta-feira (17) no Senado, reafirmou ao presidente da Casa, Eunício Oliveira (MDB-CE), em audiência da qual também participou o governador reeleito do Ceará, Camilo Santana, que, vencido o período eleitoral, o estado terá o primeiro centro regional integrado de inteligência, considerado fundamental para o combate ao crime organizado.

A expectativa é o que os recursos sejam repassados pelo governi federal ao estado ainda este ano e e que o local esteja em pleno funcionamento até o início de 2019.

“Escolhemos o Ceará porque o governador vem desenvolvendo um trabalho voltado à inteligência que tem dado exemplo a outros estados. Além de duas unidades prisionais para trazer tranquilidade ao povo do Ceará, outros quatro centros serão instalados Brasil afora”, informou o ministro.

Também no Ceará, serão construídas, por meio de parcerias com o setor privado, duas unidades prisionais para esvaziar as cadeias públicas. De acordo com o ministro da Segurança Pública, o Brasil tem atualmente a terceira maior população carcerária do mundo e um deficit de aproximadamente 560 mil vagas, que são decorrentes dos mandados de prisão em aberto.

Autor / Fonte: Por Karine Melo - Repórter da Agência Brasil Brasília

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