O perigo da volta do ódio e da vingança, no Brasil fragilizado

 Precisamos salvar o Brasil, desde que não se mexa em nada. Existe raciocínio mais idiota? Pois é isso, ao que parece, que está gerindo a busca desesperada por soluções para a maior crise que o país sofre desde muitas e muitas décadas. Nem o PIB que caiu como nunca, desde 1930, deixou claro que, fazendo todas as coisas, do mesmo jeito que sempre foram feitas, o resultado final  será também o mesmo: zero! Ora, os tais de “direitos adquiridos” são tratados como eternos. Mesmo que os governos (federal, estaduais e municipais) queiram sanar os graves problemas financeiros, cortando penduricalhos e colocando as finanças dentro da realidade, o Judiciário não permite. Primeiro, porque as leis não mudaram. Segundo, porque nem o próprio Judiciário aceita perder nada, um só direito, um só centavo. Faz o que fazem todos os poderes e todos os poderosos: se houver algum sacrifício, que o seja dos outros. Nada de mudar leis  trabalhistas, mesmo que com elas, na crise, tenhamos chegado aos 13 milhões de desempregados. Cada vez menos empresários estão a fim de pagar os maiores impostos do mundo e, ainda, serem tratados como criminosos por juízes do Trabalho. Nada de mudar a Previdência, mesmo que isso represente quebradeira geral; que daqui a alguns anos não haja mais dinheiro para pagar ninguém. Que não se toque na casta do funcionalismo, a quem o país é obrigado a tratar como seres superprotegidos, mesmo os poucos que nada produzem e os que são parasitas do erário.  Não se tocam de que o país está quebrando. Quem não entende isso é tolo e é irresponsável, porque quando o Brasil for para o precipício, vamos todos para o mesmo buraco.

Tem notícia pior? Lógico que tem! Com o governo Temer envolvido até o pescoço em rolos, suspeitas de roubalheira do dinheiro público e com ministros e assessores apavorados, com medo do STF e que a PF bata às suas portas, ao amanhecer, outros ladrões podem estar voltando. Piores. Cheios de ódio e querendo vingança por terem sido pegos com a mão na massa, ao assaltar os cofres públicos. Corremos o risco de que eles retornem pelo voto, muito piores do que já são. Nosso futuro, graças à incompetência, falta de patriotismo, desrespeito ao país e amor ao próprio do bolso de parte de alguma de nossas autoridades de todos os níveis, é nigérrimo. Lamentável!

PREJUÍZO INCALCULÁVEL

Mais um escândalo nacional, de proporção assustadora. Uma tragédia para a imagem dos produtos de exportação do Brasil, que podem ficar longos anos sob suspeita, depois que a Operação Carne Fraca fez dezenas de prisões, inclusive de diretores de frigoríficos, que vendiam carne estragada e com prazo de validade vencido, tanto no país como para o exterior. Frigoríficos que tem filiais em Rondônia também estariam envolvidos nos rolos, um golpe com danos  inimagináveis, caso os compradores internacionais coloquem sob suspeita nossas exportações de carne. A sexta mobilizou certamente o maior número de policiais numa só operação, no país: 1.100 deles. Foram expedidos mais de 300 mandados judiciais e feitas cerca de 30 prisões. A grandeza do crime é imensa, porque envolve um grande número de fiscais do Ministério da Agricultura e de empresários do setor. A importação de nossa carne depende de uma série de medidas e já houve caso da suspensão da compra por pequenos detalhes técnicos. Imagine-se agora, nessa trágica situação. A operação pode representar um prejuízo por muitos anos, para nosso país. E para Rondônia.

HIDROVIA BINACIONAL

De olhos voltados parda o futuro, o vice governador Daniel Pereira e o deputado Lebrão, vice presidente da Assembleia, estiveram na Bolívia, dias atrás, para tratar exatamente disso: pensar o amanhã.  Vários temas foram tratados, mas um se destacou: a possibilidade de construção de uma hidrelétrica binacional, que seria a primeira e mais importante meta de uma Comissão Permanente de Integração Regional. Claro que é ainda um sonho distante, mas os primeiros passos para a hidrelétrica estão sendo dados agora. O deputado Lebrão comemorou o encontro com os representantes do Departamento de Pando, na Bolívia e destacou que a obra, se realizada, traria enormes benefícios à região. Um deles de enorme importância: “Essa hidrelétrica binacional, daria condições para implantarmos também as eclusas nas usinas de Santo Antônio e Jirau, o que tornaria o rio Madeira totalmente navegável, entre Manaus e Vila Velha da Santíssima Trindade”, afirmou Lebrão.

CASSOL E RAUPP

Há poucos anos, seria impossível imaginar um elogiando o outro. Os dois sentados à mesma mesa. Falando a mesma linguagem. Mas os tempos são outros; os interesses do Estado se sobrepujam a qualquer eventual divergência política. Ivo Cassol e Valdir Raupp, adversários políticos desde Rolim de Moura, são agora senadores, dois dos três representantes de Rondônia. Agora, ambos comandam a poderosa Comissão de Agricultura do Senado Federal. Cassol a preside e Raupp é o vice.  A partir de agora, os dois ex-governadores trabalharão pelo avanço do agronegócio em todo o país, mas certamente darão uma atenção muito especial ao setor em Rondônia, onde hoje ele já é o diferencial positivo na nossa economia. Na próxima semana, Cassol e Raupp farão a primeira reunião específica, para começar a tratar das questões importantes, que precisam ser resolvidos, para que o agronegócio brasileiro continue em alta.

ASSASSINATO NA ESCOLA

Quando uma criança, vítima de bullyng, é assassinada dentro da sala de aula e nada acontece, deve-se perder a esperança de que, um dia, esse país voltará a ser dominado pelo verdadeiro espírito da Lei e da Justiça? Quem sabe? Em Cachoeirinha, região metropolitana de Porto Alegre, três meninas assassinaram brutalmente uma colega, dentro da sala de aula, depois de uma discussão e uma briga. Até agora, o que se houve é uma grande preocupação com as assassinas, sob proteção dos organismos de defesa de direitos humanos e do Estatuto da Criança e do Adolescente, cuja sigla não poderia ser melhor: ECA! Além da família e dos pais indignados de outras crianças, poucos se preocuparam com a vítima. As meninas envolvidas no crime (inclusive a que estrangulou a coleguinha, de 14 anos), não demonstrou qualquer remorso, quando foi interrogada pela polícia. Foi ensinada assim, pelas nossas leis. Sabe que pode cometer o mais hediondo dos crimes, que nada lhe acontecerá. Vejamos só o que essa gente fez com o nosso Brasil! Lamentável!

OLHO NESSE CARA!

Quando se comenta o sucesso do governo de Jesualdo Pires, agora no seu segundo mandato no comando de Ji-Paraná, não é em vão. O prefeito da segunda maior cidade do Estado está fazendo realmente um trabalho digno de elogios. A tal ponto que seu nome tem sido lembrado para futuras disputas ao Senado e ao Governo. A aceitação em Ji-Paraná é bem acima da grande maioria dos prefeitos não só de Rondônia, mas também de todo o país. Agora, Jesualdo anuncia a construção de nada menos do que dez educandários. Quatro escolas de ensino fundamental e seis creches, tudo num pacotaço só. Mesmo com todas as dificuldades financeiras que a prefeitura enfrenta, com falta de recursos, com a grande maioria dos municípios brasileiros, em Ji-Paraná o diferencial tem sido a atuação de Jesualdo, que tem se mostrado um administrador competente e cuidadoso com o dinheiro público. Esse cara vai longe!

MAURÃO E A APOSENTADORIA

O presidente da Assembleia, deputado Maurão de Carvalho, comanda, nessa segunda, mais uma audiência pública para debater as grandes reformais nacionais, principalmente a da Previdência. Maurão tem sido um adversário duro das medidas anunciadas pelo governo federal, na questão da aposentadoria e que, segundo o parlamentar, vão prejudicar muito a grande maioria dos trabalhadores brasileiros. Desde que o assunto entrou na pauta dos debates, país afora, Maurão se posicionou contra a proposta que pode deixar milhões de assalariados sem direito à aposentadoria, tão cedo. Lideranças políticas, sindicatos, representantes das mais diversas instituições, estão convidados para o evento. A audiência está marcada para essa segunda, dia 20, a partir das nove horas da manhã, no plenário.

PERGUNTINHA

Com o terceiro aniversário do início da Operação Lava Jato, pode-se comemorar que ela ajudou mesmo a acabar com a corrupção no país ou tudo continuará exatamente igual como até agora?

Autor / Fonte: Sergio Pires

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