Pronunciamento inoportuno; Polícia Federal pressionada e cervejas e refrigerantes camuflados



Lamentável –
É triste assistir ao pronunciamento do presidente Michel Temer (PMDB), que assumiu o cargo, após Dilma Rousseff (PT) ser expurgada da presidência, com relação a Operação Carne Fraca, desenvolvida na última sexta-feira (17) escancarando ações corruptas por frigoríficos de renome. Temer deixou transparente que estava insatisfeito com a operação, que teria prejudicado a economia do país. Segundo ele, foram “ações pontuais”, são “apenas” três pontos, disse. É a instituição da corrupção.

Discriminação – As leis, pelo que se saiba ainda não mudaram em relação ao crime. Roubar ou furtar R$ 100 ou R$ 1 milhão são crimes. Como as ações criminosas constatadas, numa primeira investida da Polícia Federal (PF) são “apenas” pontuais? Estão buscando tangentes para atos criminosos quando todo o governo deveria concentrar ações para coibir a ação solerte. O colunista do UOL Josias de Souza em seu artigo de hoje (21) diz: “O que Temer não percebeu é que vigora no Brasil não o presidencialismo, mas uma versão bem brasileira de monarquia. Quem reina é a esculhambação”. A corrupção é um gravíssimo problema do Brasil sem perspectiva de ser controle nas próximas gerações. Pobre país rico...

Brasileiros – Toda a pressão que há sobre a Polícia Federal é porque o Brasil terá enormes prejuízos com o corte nas exportações de carne. Os brasileiros exportam 20% da carne produzida. Até aí morreu Neves. Se com toda a exigência do mercado internacional são constatados atos ilegais como será a situação da carne (80% da produção) que é consumida pelos brasileiros? O governo brasileiro, ao invés de criticar o trabalho da PF deveria tomar todas as medidas legais para punir os corruptos e levantar a real situação da carne consumida no mercado nacional.

Sacanagem – Uma manjada entidade sindical de Rondônia, bem abastada financeiramente promove manifestações públicas com regularidade durante o ano, mesmo sem motivos justificáveis. Aluguéis de barracas, carros de som, estrutura de palanque; alimentação muito acima das necessidades são comuns nos atos públicos, mas extrapolaram. Em recente manifestação um caminhão (médio) carregado de bebidas (cerveja e refrigerantes) entrou pelos fundos da entidade e saiu vazio. No dia seguinte a “carga” foi levada por vários carros particulares.

Adiamento – A audiência pública que seria realizada pela Assembleia Legislativa na próxima quinta-feira (23) em Ji-Paraná, a partir das 9h no auditório do Ifro foi adiada. É que o proponente deputado Lazinho da Fetagro (PT-Jaru) optou pelo adiamento, porque a pauta é a vacinação contra febre aftosa no Estado. Com o desencadeamento da Operação Carne Fraca, pela Polícia Federal na última sexta-feira (17) a audiência perderia a sua finalidade. Lazinho defende que Rondônia já tem condições de exportar carne sem vacinação.

Respigo

Servidores da Assembleia Legislativa (Ale) amanheceram sorridentes e felizes. É que o salário de março já estava na conta desde as primeiras horas da manhã de hoje (21) +++ Pagar os servidores está entre as prioridades do deputado Maurão de Carvalho (PMDB-Andreazza), presidente da Ale. Normalmente o pagamento é feito nas últimas quintas-feiras de cada mês, mas Maurão vem sempre pagando com muita antecedência +++ O que aconteceu com a carne também ocorre em outros segmentos, porque a corrupção campeia. Basta apurar onde estão os imóveis recuperados dos compradores que não pagaram a Caixa? +++ Certamente não estão à disposição para venda. Porque já estão comprometidos com compradores “carimbados” e com trânsito livre junto aos agentes responsáveis pela área +++ Os trechos da BR 364 entre Ji-Paraná-Jaru e Jaru-Fazenda Nova Vida estão perigosos, porque os buracos tomaram conta da pista. O mesmo ocorre na ligação Pimenta Bueno a Vilhena com trechos com muitos buracos, perigosos e favorecendo acidentes.

Autor / Fonte: Waldir Costa / Rondônia Dinâmica

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