PT de Rondônia apunhala Fátima Cleide e ignora Lula; PCdoB dá alternativa aos petistas – e para bom eleitor meia palavra sobre situação financeira do Estado não basta

PT de Rondônia apunhala Fátima Cleide e ignora Lula; PCdoB dá alternativa aos petistas – e para bom eleitor meia palavra sobre situação financeira do Estado não basta

Golpe interno

Militantes do PT em todo o Brasil se acostumaram a criticar o impeachment, ou golpe, como costumam chamar, e seus respectivos desdobramentos, mas ignoram as possibilidades de ofensivas patrocinadas de dentro para fora. Aqui em Rondônia, por exemplo, a pré-candidata ao Senado Fátima Cleide deve ser boicotada pela Executiva após a reunião ocorrida na última quinta-feira (02) em Porto Velho. Neste cenário estranho até mesmo o ex-presidente Lula é ignorado.

Pior que isso

Os mandatários petistas da nossa região costuraram acordo para integrar a coligação que rodeia o candidato ao Governo de Rondônia Acir Gurgacz, do PDT. Se a perspectiva de observar Ivo Cassol e o pedetista no mesmo palanque já é bizarríssima, imagine só, então, o atípico tablado político recheado de bandeiras vermelhas...

Literal

O palanque, no caso, é no sentido figurado. Literalmente, Cassol já deixou claro que não dividirá o palco nem pedirá votos a Gurgacz.

Rifado

Ao recolher os flaps majoritários, o PT abre mão, também, de candidatura própria ao governo; há poucos dias, a intenção era lançar o jornalista Paulo Benito à campanha pelo Palácio Rio Madeira.  Portanto, a legenda sevirá apenas como auxiliar e tentará emplacar, no mínimo e sem ânimo dos militantes, a reeleição do deputado estadual Lazinho da Fetagro e o retorno do ex-padre Ton à Câmara dos Deputados.

O dedo de Roberto

Além desses nomes e de fora do protagonismo, o ex-prefeito Roberto Sobrinho foi determinante às deliberações que rechaçaram as pretensões de Fátima e Benito.

Mas...

Coincidência ou não, o PCdoB escolheu realizar sua convenção nestas bandas justamente no Dia Internacional da Cerveja. Logo, na tarde desta sexta-feira (03), os comunistas abriram alternativa ao destino dos petistas que, obviamente, só será sacramentado no derradeiro evento político do próximo domingo (05).

Paralelo

Após o PCdoB aprovar alianças com o PT e o PSOL, formalizando uma frente de esquerda e pró-Lula,  na versão paralela da vida política dos petistas regionais a candidatura de Fátima Cleide ao Senado seria mantida. Paulo Benito, por outro lado, sairia como vice de Jackson Chediak, o postulante ao Executivo estadual da legenda comunista. Como disse, esse sobe e desce do palanque figurativo de Gurgacz, Cassol e afins só será definido mesmo na convenção do PT. Até lá há muita água para rolar por debaixo da ponte.

Meia palavra não basta

Se a bom entendedor meia palavra basta, para bom eleitor meia palavra sobre a situação financeira do Estado de Rondônia com certeza não é suficiente. E assim foi o evento realizado pelo Tribunal de Contas (TCE/RO) direcionado a pré-candidatos ao governo.

Direto ao ponto

Cortês, faltou ao conselheiro Edilson Silva mais objetividade e muito menos protecionismo na hora de escancarar a  responsabilidade sobre as combalidas contas do Executivo.

Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado

Aliás, é sintomático que autoridades, incluindo aí políticos, não consigam formalizar explicações e/ou denúncias diretas com nome, sobrenome e CPF. Se os postulantes precisam pisar em ovos na hora de expor suas propostas, principalmente quando se referirem a eventuais possibilidades de investimento, é óbvio que existem pessoas diretamente responsáveis por isso.

Utilidade pública

Sem rodeios, urge a necessidade não apenas de dar nome aos bois, mas, principalmente, de chamar as coisas pelo nome. Apresentar números dando vazão à interpreção subjetiva quando se representa um órgão técnico de fiscalização e controle de contas é, no mínimo, ignorar o viés institucional de serviço e utilidade pública. Questiona-se: TCE/RO, estamos quebrados ou não? Com a palavra, o conselheiro Edilson Silva.

Espinhoso

Falando nisso, é impressionante como a Corte de Contas tem dificuldades em se expressar oficialmente quanto a assuntos espinhosos. Exemplos não faltam: a contratação e o subsequente cancelamento da palestra de uma hora com o ministro Barroso, do Supremo, por “míseros” R$ 46,8 mil; a situação do conselheiro Francisco Carvalho da Silva, o Chico Paraíba, após condeneção criminal por peculato, e, agora, em relação aos nossos cofres.

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Autor / Fonte: Vinicius Canova / O Espectador

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