Superintendente do governo Marcos Rocha usa as redes sociais para rebater ataques: ‘Estes são os últimos gritos de quem se beneficiou do velho jeito de ser’

CONSELHOS DE CONFÚCIO MOURA: “ESQUECER A CAÇA ÀS BRUXAS E NÃO PERDER TEMPO, QUERENDO INVENTAR A RODA!”

O governador Confúcio Moura escreve em seu blog, dando opiniões genéricas, sobre diversos temas e raramente fala diretamente. Com um bom texto, ele manda seus recados através de opiniões bem centradas, mas, é claro, que resumem sua opinião, que nem sempre coincidem com de outros líderes políticos. Geralmente manda recados por vias indiretas, embora já tenha usado o mesmo blog até para fazer cobranças públicas ao seu secretariado, quando comandava o Estado.  Terá sido o que fez em relação ao novo governador do Estado, Marcos Rocha, que foi seu secretário da Sejus? 

Num artigo com o título “Governo e Consecução”, o ex governador e agora senador eleito dá uma volta, do império Romano a Juscelino Kubitscheck; de Jerônimo Santana aos dias de hoje, para dizer que é importante que os novos governantes não tratem seus antecessores como se nada tivesse sido feito, no passado. O disse, claro, com outras palavras. Mas é um recado, contornado por argumentos que parecem não serem direcionados ao novo governante rondoniense (mas o é!), escrevendo que quem assume o poder, “tem que ir lá atrás, buscar na memória do Estado estas iniciativas, para não perder tempo, querendo inventar a roda de novo, em tudo. É perda de tempo!”, aconselha.

Em outro trecho do seu blog, o ex governador afirma que “cada Secretário de Estado ou Ministro, ao invés de ficar neste intento pequeno, de caça às bruxas,  que vá ler, nos finais de semana, todas as boas iniciativas de governos anteriores, e, aproveitar o bruto da ideia original e jogar para o contemporâneo, e, com certeza, ganhará bastante tempo”. Deu pra entender, não é mesmo? Nem precisa desenhar.

Confúcio entrou na máquina do tempo, para dar solidez ao seu argumento com cor rondoniense. Escreveu, em determinado trecho: “em Rondônia ninguém pensou tão grandioso e bonito como o nosso primeiro Governador eleito, Jerônimo Santana. Ele deixou quase tudo que se deseja fazer hoje. Ressuscite Lázaro, e já estará de bom tamanho!  E tem mais, não se faz um bom técnico em meses. Um valoroso técnico em gestão pública demora, anos a fio, para ser formado. Seja ele concursado ou comissionado. Do zero é que ninguém inicia”.  Para quem não sabe, consecução, que Confúcio cita no título da sua opinião, quer dizer: alcance, conquista, aquisição, obtenção, conseguimento, êxito.

Ou seja, para ser um governo de avanços e conquistas, há que se olhar para o que fizeram os antecessores, explica didaticamente. Será que o governador Marcos Rocha vai levar essas opiniões em consideração? Porque as dicas, conselhos e sugestões de Confúcio, mesmo cheias de retórica e desvios, foram direcionadas exatamente a ele, o novo governante de Rondônia! Não ficou muito claro? Ficou, a ponto de se comentar que ele poderia até ter ligado e falado diretamente. Preferiu escrever.

A VIOLÊNCIA DOMINA TUDO

Cada vez pior! A violência toma conta de tudo e de todos. Não respeita famílias, amigos, vizinhos, crianças, inocentes, todos atingidos por uma onda que sacode o país e que, em Rondônia, também só cresce. Apenas na Capital e nesse final de semana, uma série de tragédias se sucedeu, incluindo a fúria de um PM que, não se sabe ainda o porquê, matou duas pessoas e feriu outras quatro, numa briga de boteco. Um empresário, dentro da sua casa, foi morto por assaltantes. Os amigos dos direitos humanos dos criminosos não abriram a boca para lamentar a perda de um homem ainda jovem, dono de uma empresa importante, que perdeu a vida para canalhas inúteis, que, mesmo dizimando pessoas de bem, sabem que nada lhes acontecerá, quando presos. Ficarão alguns meses na cadeia e logo serão soltos em “saidinhas” para, quem sabe, comemorar o Dia do Pai de Família, que eles brutalmente assassinaram. E os crimes contra a mulher? Num deles, o marido matou a esposa e se suicidou. Uma tristeza. No trânsito, mortes, corpos despedaçados, famílias perderam seus entes queridos. Uma camioneta destruiu uma moto, matando a passageira e deixando gravemente ferido o mototaxista. Não resta nada mais, a não ser lamentar o que houve, porque punição, sabemos, é coisa para inglês ver. E assim vamos, sobrevivendo no meio de uma guerra onde famílias perecem e os bandidos saem cada vez mais fortalecidos. Não está na hora do Efeito Bolsonaro começar a agir, com todo o rigor, contra isso tudo? Ou fomos iludidos de novo por um discurso que ficará só no...discurso?

SÃO 38 MIL IMÓVEIS SEM REGISTRO

Aos mais  de 80 mil imóveis registrados na Prefeitura de Porto Velho até janeiro do ano passado, somam-se agora, a partir deste ano, mais 17.464 cadastrados, através de uma ação especial da Semur, liderado pela competente Márcia Luna. Imagina-se que, com todo esse volume, a arrecadação com o IPTU possa dar um salto. Nada disso. Do total de imóveis na Capital, perto de 38 mil deles (ou seja, algo em torno de 47 por cento sobre os 80 mil) não pagam um só centavo do mais importante imposto municipal, um dos poucos que vai, totalmente, para os cofres da cidade. O número de habitações não registradas no cadastro do IPTU, aliás, pode ser muito maior, considerando que, se apenas em quatro grandes empreendimentos surgiram mais de 17 mil novos imóveis para a relação de pagantes do tributo. A verdade é que a arrecadação municipal, em relação ao IPTU, é pífia. No ano passado, a previsão era de se arrecadar 16 milhões de reais apenas. E ainda com um agravante: previa-se uma inadimplência de mais de 16 milhões de reais. Já houve alguns pequenos avanços, com as renegociações que a Prefeitura concedeu aos contribuintes. Mas, em relação ao IPTU, o Município ainda está muito, mas muito longe de chegar a números ideais.

RESPONDENDO AOS ATAQUES

O novo comandante da  Superintendência de Gestão de Suprimentos, Logística e Gastos Públicos Essenciais do Estado, a Sugespe, o jovem empresário Júnior Gonçalves, publicou na sua página do Facebook um desabafo, logo depois de assumir o posto. Não contou de onde vieram as críticas e nem as ofensas, mas as respondeu com dureza. Escreveu, entre outras coisas: “quando somos chamados e somos colocados em posição de liderança, temos que estar prontos para entendermos as críticas, pois sabemos que quando estamos falando de mudar um sistema, de enxugar a máquina, de não dar cargos por favores, quando estamos falando de um Governo livre para servir o povo de verdade, sabemos que muitas pedradas virão de quem queria conchavos, de quem queria mamata, de quem achava que iria ter padrinhos, de quem achava que ia receber uma verba aqui outra ali.” Depois, acrescentou: “por mais que os corruptos gritem, por mais que o velho sistema tente usar as suas estratégias baixas para amedrontar ou intimidar atacando família, denegrindo imagem para se manter, ele não vencerá, estes são os últimos gritos de quem se beneficiou do velho jeito de ser”. Ou seja, Júnior, dizendo-se atacado, respondeu firme. Um conselheiro mais experiente diria que se  ele for responder a todos os malucos, mal educados e irresponsáveis que habitam as redes sociais, vai acabar ficando pirado. O ideal é fazer um trabalho tão bom, com resultados tão positivos, que, por si só seja a resposta aos eventuais críticos agressivos. Mais fácil e menos beligerante.

NA PAUTA, OBRAS NA 364 E NA 319

Se a primeira reunião do governador Marcos Rocha com representantes do Ministério do Exército trouxer resultados práticos, pelo menos duas obras das mais importantes para a Rondônia e a região norte entrarão na pauta de prioridades em breve. No dia seguinte à posse, Rocha se encontrou com o general Esqueletti e o general Vianna, ambos figuras de grande importância no contexto do Ministério do Exército, quando se fala em obras públicas. Na pauta, duas rodovias vitais para o Estado: a BR 364 e a BR 319. No primeiro caso, embora ainda não com muitos detalhes, sabe-se que o Governador tratou da discussão de um projeto que vise a duplicação da única rodovia que nos liga ao restante do país e ao Acre. Marcos Rocha destacou, no encontro, que obras paliativas, de consertos eventuais e em determinados trechos, não resolverão o problema. Só a duplicação seria o caminho definitivo para acabar com tantas tragédias e mortes na 364. Já com relação a BR 319, que liga Porto Velho ao Amazonas, o assunto também entrou na pauta. O asfaltamento da rodovia, aliás, estaria entre as prioridades do governo do presidente Jair Bolsonaro. Será que dessa vez as ONGs vão deixar?

NA ASSEMBLEIA, O MISTÉRIO DA MESA

Pelos lados da Assembleia, claro que os assuntos giram em torno da escolha da nova Mesa Diretora, o que acontecerá em 1º de fevereiro, numa solenidade festiva de posse da nova legislatura, marcada para a casa de shows Talismã, na zona leste da Capital. Nem a  inauguração do novo prédio do parlamento rondoniense, agendado para o próxima dia 22 (uma terça-feira), tirou da pauta principal a sucessão na Casa. Dois grupos estão na disputa, embora os detalhes não sejam públicos. Apenas se sabe deles pelas conversas de bastidores. Um teria o aval do Palácio Rio Madeira/CPA e outro seria liderado por deputados dispostos a liderar a oposição ao novo governo do Estado. Como nada é debatido publicamente, fica-se sabendo apenas de ilações e comentários que se ouve pelos bastidores da política. A última história que apareceu é de que pode surgir um nome de consenso, para comandar o parlamento a partir de fevereiro e pelos próximos dois anos, unindo forças das duas alas em disputa. Nada definitivo. Nada oficial.  A verdade é que a corrida pela presidência das ALE e a composição da nova Mesa Diretora se intensificará nos próximos dias, mas somente será decidida, mesmo, na última hora. Até lá, muita conversa de bastidor, muitos encontros de parlamentares (reeleitos e novos) e muita fofoca de corredores. Tudo será resolvido, realmente, apenas na 25ª hora, com todas as expectativas e angústias que giram em torno de uma decisão como essa.

AMÉRICA LATINA NÃO QUER DITADURA

O momento não está propício para a multiplicação das ditaduras e as imposições da esquerda, que dominaram vários países da América Latina na última década e meia. Como praticamente todos os governos esquerdistas foram tremendo fracasso (a exceção tem sido  Evo Morales, na Bolívia e, assim mesmo, com forte oposição), agora é a vez de Nicolas Maduro ficar sob a pressão dos seus vizinhos e a da oposição interna. Reeleito para um novo mandato, através de uma série de maracutaias e numa eleição pra lá de suspeita, Maduro assume o poder novamente com vaias internas. O Congresso já avisou que não reconhece seu novo mandato e o considera totalmente ilegítimo. Já da porta para fora, 12 países latino americanos assinaram um documento também de não reconhecimento do novo mandato do ditador venezuelano, considerando que ele foi conquistado em eleições fraudadas. Só o novo governo do México, pela primeira vez comandado por um esquerdista, não assinou o tal documento, embora também não tenha se pronunciado solidário a Maduro. Mesmo que queira democratizar seu país, o presidente/ditador que está destruindo um dos mais ricos países do mundo, não pode fazê-lo. Ele não tem como se livrar de 100 mil cubanos, que verdadeiramente ajudam a governar o país e a mantê-lo sob o comunismo. E agora, Nícolas?

PERGUNTINHA

Tem como a gente acreditar que sem uma mudança radical nas leis brasileiras (e se mantendo a forma atual em que os direitos humanos dos bandidos valem mais do que os de suas vítimas) o combate ao crime no Brasil poderá ter algum resultado positivo?

Autor / Fonte: Sérgio Pires

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