Unidades de Saúde passam por vistorias contra irregularidades

Unidades de Saúde passam por vistorias contra irregularidades

Hospital Regional Perpétuo Socorro 

Pelo menos oito postos de saúde, dois hospitais e a Casa de Saúde Indígena passam por vistorias em Guajará-Mirim (RO), cidade a pouco mais de 330 quilômetros de Porto Velho. A ação é movida por equipes do Conselho Regional de Enfermagem de Rondônia (Coren/RO). A mobilização se estende até próxima sexta-feira (17).

Na manhã da terça-feira (14), foi a vez do Hospital Regional Perpétuo Socorro. No local, as equipes se depararam com inúmeras irregularidades, como falta de medicamentos e insumos, profissionais e estrutura física precária.

De acordo com a presidente do Conselho, Silvia Neri, um dos fatores que mais chamou a atenção foi que, mesmo com a unidade de saúde contando com centro cirúrgico, pediatria, clínica médica e maternidade, apenas uma enfermeira estava de plantão.

“Nós só constatamos a presença de uma enfermeira assistencial e o gerente de Enfermagem, quando na verdade, teoricamente, nós devíamos ter no mínimo quatro enfermeiros. Sem falar da equipe de técnicos e auxiliares que também são necessários”, destacou.

Ainda durante a fiscalização, um dos agravantes constatado pelo Coren é de que não havia lençóis para serem trocados nos leitos dos pacientes internados. Segundo a presidente do órgão, houve uma breve reunião com a equipe da Secretaria Municipal de Saúde sobre as demandas.

“A atual secretária de Saúde nos informou que está há apenas dois meses à frente da pasta. E que, apesar das dificuldades, os processos para aquisição de novos medicamentos e insumos estão em andamento”, explicou.

Falta de medicamentos

Os problemas com a falta de medicamentos é antigo no Hospital Regional de Guajará-Mirim. É comum ouvir relatos de moradores da cidade sobre a estrutura precária da unidade.

Ludesmar Ducarmo, agente de saneamento, conta que vive no município há 58 anos e que nenhum gestor consegue resolver o problema do hospital.

“Todas as vezes que busco algum tipo de atendimento ou remédio aqui é difícil. Sempre não tem. Eu me pergunto onde está o prefeito daqui que não resolve isso. Vou voltar pra casa sem os remédios da minha esposa mais uma vez”, lamentou.

Autor / Fonte:  Lena Mendonça, CBN Guajará-Mirim

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