Publicada em 10/02/2022 às 16h05
Ao reportar a Sessão Especial realizada pelo Senado Federal nesta quinta-feira (10) para homenagear e relembrar as vítimas do Holocausto, o senador Confúcio moura (MDB/RO), lembrou que o genocídio do povo judeu, ocorrido durante a 2ª Guerra Mundial, durante o período de 1940 a 1945, exterminou mais de R$ 6 milhões de judeus com trabalho forçado, fome e câmeras de gás, e classificou as atrocidades como uma crueldade “inominável”.
“A história registra isso com vergonha. Esta homenagem hoje, é para que não esqueçamos deste acontecimento, e embora não tenha acontecido no nosso país, manchou a humanidade do mundo inteiro. Esta lembrança, serve para que todos nós não esqueçamos, e digamos: holocausto nunca mais!”, frisou o senador.
A Sessão que também serviu para marcar a cerimônia do Yom HaShoá, ou Dia da Lembrança do Holocausto, foi realizada pelo Senado após o youtuber e influenciador digital Bruno Aiub, conhecido como Monark fazer apologia ao nazismo no Podcast apresentado por ele, e tentar diminuir os horrores do regime que perseguiu e assassinou milhões de judeus, além de ciganos, pessoas com deficiência, homossexuais e testemunhas de Jeová.
Na ocasião, Monark, que recebeu apoio do deputado federal Kim Katagari, que participava do programa, defendeu a criação do partido nazista no país, em nome da "liberdade de expressão", e incitou inclusive, a possibilidade de se ser antijudeu.
A atitude do influenciador foi repudiada pelos senadores, que também criticaram o incentivo de um parlamentar brasileiro, e salientaram que o nazismo carrega ideologia autoritária, segregadora, intolerante, e é fundamental para propagar o crescimento de pensamentos racistas na sociedade.
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou inquérito contra Monark e o Flow Podcast apresentado por ele por dano moral coletivo, difuso ou social e pediu a retirada do vídeo que trata sobre nazismo. Após a repercussão do caso, o Estúdio Flow anunciou a saída do youtuber e influenciador digital do programa.
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