Publicada em 12/07/2023 às 15h15
De acordo com a inspetora de polícia queniana Rhoda Onyancha, as escavações, retomadas na segunda-feira após semanas de interrupção, ainda não foram concluídas, e o número de mortos pode continuar a aumentar nas próximas semanas.
As autoridades quenianas continuam abrindo covas coletivas e sepulturas encontradas na floresta de Shakahola, no condado costeiro de Kilifi.
Quase todos os corpos do chamado "massacre de Shakahola" foram exumados da floresta, que abrange mais de 320 hectares, enquanto apenas alguns morreram no hospital depois de terem sido resgatados devido à sua gravidade.
Rhoda Onyancha, citada pela imprensa queniana, confirmou na terça-feira que o número de pessoas resgatadas com vida permanece em 95, enquanto 613 pessoas estão desaparecidas até agora.
Em 27 de junho, o patologista-chefe do governo, Johansen Oduor, informou que, dos 338 corpos examinados até então, 117 eram crianças e 201 eram adultos, enquanto 20 estavam muito decompostos para determinar a idade.
As autópsias também revelaram que, embora todos os corpos mostrassem sinais de desnutrição, alguns deles, especialmente crianças, também apresentavam sinais de estrangulamento e asfixia.
As primeiras investigações policiais sugerem que os fiéis foram forçados a continuar jejuando, mesmo que quisessem parar.
Até o momento, pelo menos 37 suspeitos relacionados ao caso foram detidos, o que chocou o país.
O Ministro do Interior do Quênia, Kithure Kindiki, culpou as forças de segurança e o sistema judiciário queniano na terça-feira, por negligência ao não tomar medidas adequadas em relação a alegações anteriores contra o suposto líder da seita, o pastor Paul Mackenzie.
O principal suspeito, que está sob custódia policial desde 14 de abril, é o líder da Igreja Internacional da Boa Nova e já trabalhou como motorista de táxi.
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